Autores: PEREIRA, P. S., FERNANDES, H. C., TEIXEIRA, C. C., ADÃO, A. S., RANGEL, J. P.
Ano da publicação: 2021
ISBN: 978-65-87729-03-9
Palavras-chave: pulverização, defensivo agrícola, tecnologia de aplicação
Área: Máquinas e Mecanização Agrícola (MMA)
A tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas vem se aprofundado ano após ano no estudo da população e do espectro de gotas gerados pelos diferentes equipamentos e pontas de pulverização, de forma a definir os melhores parâmetros para a deposição da quantidade adequada de ingrediente ativo no alvo, de maneira econômica, eficaz e minimizando os impactos ambientais. Dessa forma, as etiquetas confeccionadas em papel hidrossensível têm sido significativamente empregadas entre os pesquisadores e produtores para a avaliação dos parâmetros de aplicação e calibração dos equipamentos de pulverização. No entanto, a presente pesquisa conduzida com etiquetas hidrossensíveis, de diferentes fabricantes, submetidas às mesmas condições de pulverização e de umidade relativa do ar, demonstrou que a qualidade das etiquetas interferiu significativamente na determinação de todos os parâmetros da população e do espectro de gotas. Logo, concluiu-se que a qualidade das etiquetas utilizadas pode promover análises incorretas acerca da eficácia dos tratamentos realizados por pulverização e a calibração errônea dos pulverizadores.
Autores: MARQUES FILHO, A. C., MOURA, M. S., MARTINS, M. B., MEDEIROS, S. D. S., LANÇAS, K. P.
Palavras-chave: compactação, índice de cone, biomassa
A cana-de-açúcar é uma das principais culturas agrícolas brasileiras, entretanto a compactação de solo é um problema evidente em muitas unidades produtivas. A cobertura do solo possui interferência direta nos processos de compactação. Porém, a quantidade a ser mantida no campo permanece sendo uma incógnita de difícil descoberta. O objetivo deste estudo foi avaliar a interação rodado-solo e a resistência à penetração proporcionados por um pneu agrícola radial 600/50R22.5, sob três quantidades diferentes de palhiço em superfície: 0,15 e 30 Mg ha-1. Os ensaios foram realizados no Núcleo de Ensaios de Máquinas e Pneus Agroflorestais (NEMPA-UNESP/Botucatu–SP). Utilizou-se a Unidade Fixa de Ensaio de Pneus (UFEP), aplicando-se carga constante e controlada ao pneu sobre solo padronizado com diferentes quantidades de palhiço na superfície. As variáveis resposta analisadas foram a área de contato do recalque e a Resistência à Penetração do Solo (RPS). Os resultados evidenciaram que a presença de palhiço sobre o solo ameniza o impacto dos rodados em subsuperfície, diminui a RPS (r²=0,97) e aumenta linearmente (r²=0,98) a área de interação rodado-solo. A quantidade de 15 Mg ha-1 mostrou-se adequada para a manutenção da qualidade física do solo.
Autores: PEREIRA, H. E. Y., YANO, E. H., ALVES, A. A. O., MOREIRA, A. A., TOZATO, T. S., MARTINUSSI, V. F.
Palavras-chave: haste, disco duplo, sistema plantio direto
O objetivo foi analisar as características produtiva da cultura de soja sobre ação residual do manejo do solo em duas direções operacional, associado aos mecanismos sulcadores (haste e disco). O ensaio foi implantado na FEPE-FE/UNESP, em Selvíria-MS, utilizando o delineamento estatístico de blocos ao acaso em esquema fatorial 3x2, constituídos por quatro manejos do solo: cultivo mínimo mesmo sentido da semeadura (CM-Linha) e outra perpendicular a esta (CM-Cruzado) e plantio direto, e duas combinações de mecanismos sulcadores (haste/haste e disco/haste), e 4 repetições. As dimensões biométricas (diâmetro de caule, altura de inserção de 1°vagem e planta) e características produtivas (número de vagens/planta e massa de 1000 grãos de soja), diferenciaram pelo efeito residual do manejo do solo por CM- Cruzado, apresentar interação significativa entre manejos do solo e mecanismos sulcadores ter conferido na relação direta crescente entre diâmetro de caule e número vagens por planta e reduzida para inserção de 1°vagem e massa de 1000 grão. A combinação haste/haste apresentou relação contrária pela menor inserção de vagem promoveu maior acúmulo massa de 1000 grãos pela disposição equidistante entre as vagens.
Autores: MARQUES FILHO, A. C., BALESTRIN, D. R., TOMBA NETO, J., MEDEIROS, S. D. S., LANÇAS, K. P.
Palavras-chave: mecanização, rodados agrícolas, footprint
Na cultura da cana-de-açúcar os veículos de carga e transporte possuem alta capacidade de causar danos ao solo, prejudicando a longevidade dos canaviais e a rentabilidade da cultura. O objetivo do presente estudo foi avaliar através de ensaios laboratoriais em superfície rígida, a área de contato de três modelos de pneus utilizados em veículos de carga e transporte na cultura da cana-de-açúcar. A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Estadual Paulista, UNESP - Botucatu-SP. Os modelos de pneus avaliados foram, P1: rodado duplo (2 x 275/80R22.5); P2 (600/50R22.5) e, P3 (600/50-22.5) em delineamento inteiramente casualizado com três repetições, para a área de contato total e área de garras. Os resultados demonstraram melhor desempenho em área total para o pneu P2, já para a área de garras o pneu P1 apresentou as maiores médias e relações de proporcionalidade entre área total e área de garras igual a 66,9%, em contraste a 34,8% de P2 e 54,8% de P3. A utilização de pneus rodoviários em montagem dupla para os veículos de carga na cultura da cana-de-açúcar pode ser aplicável em situações em que o tráfego é controlado. Para áreas onde não se aplicam medidas de controle de tráfego, o pneu P2 apresentou o melhor desempenho.
Autores: FERREIRA, L. S., ROMANO, L. N., SCHLOSSER, J. F., AITA, J. C. L.
Palavras-chave: máquinas agrícolas, projeto de máquinas, normas técnicas
Este trabalho teve como objetivo identificar os fatores de influência para a adequação ao processo de homologação a serem considerados no projeto de cabines agrícolas, com ênfase na sua qualidade protetiva. Após aplicação de modelo apropriado, o resultado final produzido foi um conjunto de informações baseadas em normas técnicas internacionais com respectivas descrições, abordando ensaios e procedimentos especificados na sua execução e parâmetros de avaliação. Ressalta-se a importância da sistemática empregada que, por meio de suas diretrizes, permitiu a identificação de onze normas internacionais, onde a primeira classifica as cabines agrícolas, três relacionam-se as especificações do posto de operação, três se referem às condições de exposição do operador a fatores insalubres (ruído, vibração, problemas de pressurização da cabine) e, as quatro últimas, ao risco de acidentes do tipo capotamento. Observam-se nessas normas os procedimentos exigidos e os parâmetros de avaliação para que uma cabine agrícola atenda aos requisitos de sua função principal.
Autores: UCHÔA, M. R., SANTOS, V. C., MONTEIRO, L. A.
Palavras-chave: ergonomia, velocidade de deslocamento, riscos ocupacionais
As atividades agrícolas realizadas em campo submetem os operadores a níveis de vibração que podem gerar efeitos nocivos à saúde do operador. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a exposição do operador às vibrações de mãos e braços em um trator agrícola em função da utilização de três pressões internas de ar nos pneus, duas velocidades de deslocamento e duas superfícies de rolamento. O experimento foi realizado na área experimental do Laboratório de Investigação de Acidentes com Máquinas Agrícolas, pertencente ao Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Ceará. O trator utilizado foi um trator 4x2 com tração dianteira auxiliar (TDA) da marca Valtra modelo BM 125i, ano 2011 com potência do motor de 91,9 kW (125 cv), rotação máxima de 2300 rpm, equipado com pneus radiais. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 2 x 3, sendo duas superfícies de rolamento dos pneus (solo solto e solo com (Panicum maximum cv. Mombaça) cobertura vegetal), duas velocidades de deslocamento (4,3 km.h-1 e 6,4 km.h-1), e três pressões internas nos pneus, sendo (10, 14 e 18 lb.pol-2) para os pneus dianteiros e (12, 16 e 20 lb.pol-2) para os pneus traseiros. O experimento foi realizado de acordo com as diretrizes determinadas pela NHO - 10. Para avaliação dos resultados, os dados foram submetidos a análise estatística, onde através dos valores de simetria e curtose foi verificada a normalidade e então submetidos à análise de variância pelo teste F, e quando significativas, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de significância. Conclui-se que níveis de vibrações aumentaram em função do aumento da velocidade e da pressão interna de ar nos pneus e diminuíram com o uso de material de cobertura no solo. A condição de trabalho que apresentou menores níveis de exposição a vibração foi encontrada nas operações com material de cobertura sobre o solo, na velocidade de 4,3 km.h-1 na pressão interna de ar nos pneus mínima (10 lb.pol-2 nos rodados dianteiros e 12 lb.pol-2 nos rodados traseiros).
Autores: SEGATO, P. H., NUNES, G. S., PEREIRA, P., PISSARRA, T. C. T.
Palavras-chave: trafegabilidade de máquinas, mapas clinográficos, declividade
O uso de máquinas agrícolas é um componente básico nas estratégias de desenvolvimento rural e aumento da produtividade na produção agropecuária. A declividade do terreno é uma característica geomorfológica que afeta diretamente a trafegabilidade de máquinas. Objetivou-se, neste estudo, identificar o potencial de mecanização das áreas da bacia hidrográfica do Rio Paraopeba, no Estado de Minas Gerais. Técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento foram utilizadas para calcular a inclinação da superfície do terreno. Estatisticamente, foram definidas as classes de declividade para potencialidade à mecanização. A bacia hidrográfica apresenta em áreas específicas aptidão à mecanização agrícola, sendo a região do Baixo Paraopeba a que apresenta maior potencial. Deve-se levar em consideração que o terreno da bacia apresenta um certo grau de complexidade, portanto, recomenda-se atender às normativas e legislação vigente para o uso de máquinas agrícolas no intuito de evitar acidentes.
Autores: AONO, E. Y., FRANCETTO, T. R., BALANSIN, A., BECKER, R. S., ALONÇO, A. S.
Palavras-chave: peso, seleção técnica, classificação
O trator é responsável por exercer esforços de tração sobre as máquinas que realizam um trabalho agrícola, é a principal fonte de potência no campo. Sendo fundamental a seleção do modelo de trator que possua as configurações que se adequem melhor às atividades a serem realizadas na propriedade. O desempenho operacional de um trator agrícola está diretamente ligado à sua relação entre massa e potência. Assim, essa associação é extremamente relevante de ser analisada no momento da seleção, aquisição e na adequação do modelo para a execução das tarefas agrícolas na propriedade. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a relação entre massa de embarque e potência motora máxima dos tratores agrícolas comercializados no mercado brasileiro segundo as suas respectivas classes de potência (I, II, III e IV). Para o estudo, foi desenvolvido um banco de dados com as informações disponibilizadas pelos fabricantes de 18 marcas, totalizando 276 modelos analisados. Avaliaram-se os itens: massa de embarque, potência máxima e relação massa/potência. O valor médio obtido para a massa foi de 7.422 kg, para a potência de 125,20 kW e para a relação foi encontrado um valor de 59,92 kg kW-1. Além disso, verificou-se que a massa de embarque e potência apresentam uma relação linear proporcional. Conclui-se que os valores médios de massa/potência não variaram de forma significativa entre as categorias, sendo o menor valor verificado na categoria IV. A categoria I é a classe de tratores que apresenta a maior diferença técnica entre os modelos que a compõem.
Autores: LOPES, G. S., YANO, E. H., PEREIRA, H. E. Y., MOREIRA, A. A., ALVES, A. A. O., COSTA, H. J. M.
Palavras-chave: Glycine máx L., tempo de implantação, manejo contínuo do solo
Objetivou-se avaliar a condução sucessiva dos mesmos manejos do solo, com o tempo de implantação do sistema de plantio direto (SPD) na cultura da soja. O ensaio vem sendo conduzido na FEPE-FE/UNESP, em Selvíria- MS, por: SPDC-26 – SPD contínuo de 26 anos; CM/SPD-12° –cultivo mínimo; SPD; GP/SPD-12° – preparo convencional por grade pesada; AA/SPD-12° preparo do solo com arado de aivecade de primeira safra seguido de 12° safras em SPD; e CMC/PD 3°S, GPC/PD 3°S, e AAC/PD 3°S conduzidos por 10° safra consecutivas com preparo do solo e três safras seguidas com SPD; PR/PD 3°S- Preparo reduzido de três safras seguidas com grade média de meia passada + CM e duas com SPD e CM/PD 4°S 4° safras com SPD,. O delineamento estatístico de blocos ao acaso pelos 9 sistemas de manejos do solo e 4 repetições. O tempo de condução com SPD nos respectivos manejos do solo, diferenciaram estatisticamente nas dimensões de diâmetro de caule e altura de plantas, número vagens por planta e produtividade de massa seca de planta e grãos de soja. A 3°safra e 12° safra seguida de SPD implantado sobre grade pesada demostraram não serem recomendável, pela menor emissão de vagens/planta, e redução da da produtividade de grãos.
