Autores: LIRA, T. A. M. LOPES, A., OLIVEIRA, M. C. J., IAMAGUTI, P. S., LIMA, L. P., NEVES, M. C. T., FURLANI, C. E. A.
Ano da publicação: 2023
ISBN: 978-65-87729-06-0
Palavras-chave: Orbignya martiana, Mart., Mauritia flexuosa L., Astrocaryum vulgare.
Área: Máquinas e Mecanização Agrícola (MMA)
Os estudos de utilização de biodiesel em motores ciclo diesel intensificaram-se principalmente no funcionamento de tratores agrícolas. Tais pesquisas possibilitam o maior conhecimento sobre a utilização de energia renovável, já que essas são fontes de energia com grande potencial de exploração, principalmente no Brasil. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de trator agrícola em operação de preparo de solo utilizando biodiesel de palmeiras como combustível (biodiesel de babaçu, de buriti e de tucumã em proporções de mistura com diesel B S50). O trabalho foi conduzido no Departamento de Engenharia Rural, da UNESP/Jaboticabal. Foram utilizados três tipos de biodiesel: biodiesel etílico de babaçu (Orbignya martiana, Mart.), biodiesel etílico de buriti (Mauritia flexuosa L.) e o biodiesel etílico de tucumã (Astrocaryum vulgare) em proporção de mistura como diesel B S50 (B0, B5, B15, B25, B50, B75 e B100). O ensaio de desempenho foi realizado em condição de campo, utilizando-se um trator de teste - marca Valtra, modelo BM 125i, 4x2 (TDA) e um trator de frenagem - marca Valmet, modelo 118-4, 4x2 (TDA), acoplado ao trator de teste por meio de cabo de aço, estando com motor desligado, na combinação de marcha (4a L), formando comboio. Ressalta-se que o esforço na barra de tração foi semelhante à escarificação a 30 cm de profundidade, com tal força sendo de aproximadamente 25 kN. Os resultados evidenciaram que o biodiesel originado de palmeiras não comprometeu o funcionamento do motor durante os testes, bem como não apresentou diferença significativa entre os parâmetros potência na barra de tração e velocidade de deslocamento. Porém, o biodiesel de tucumã apresentou maior consumo quando comparado com o biodiesel de babaçu e de buriti. Quando avaliado o consumo específico, o biodiesel de tucumã apresentou aumento de 5,7% e 11,31%, quando comparado com biodiesel de babaçu e de buriti, respectivamente.